Desejos do nosso EU

      Somos todos nós pessoas difíceis, eu também me incluo porque faço parte do seres humanos.

      Difíceis por quê?

      Muitos vão perguntar, e eu respondo, quando queremos alguma coisa não medimos sacrifícios nem consequências. Mas... Reclamamos das responsabilidades que temos que assumir segundo as consequências.

      Até parece que perdemos forma de pensar, não raciocinamos. Isto eu denomino como “DESEJOS” ou pensar com o coração.  Eles fazem parte da motivação do EU, em que a pessoa toma consciência em seus pensamentos, sentimentos, ações. O EU entendo como: uma entidade de que se tem experiência interior, uma integração de percepções, sentimentos e pensamentos.

      O Eu de cada pessoa contém qualidades e defeitos diferentes uns dos outros, traços, hábitos, habilidades, motivos, papeis sociais, status... etc. Falar do nosso EU pessoal é muito complexo porque inclui organizações centrais/ periféricas, superiores/ inferiores... etc

      Agora, eu não quero dar uma aula de psicologia, mas sim, falar do nosso dia a dia, de como entendemos e direcionamos nossas motivações e os desejos. As pessoas percebem perturbações e deficiências com relação a si mesmas e ao seu ambiente, sentem necessidades e desejos, estabelecem objetivo e intenções, tem vontade e escolhas a fazer durante sua vida, realizam ações.

      Não que os desejos não devam existir, eles estão presentes em nosso dia a dia ... Sempre queremos mais, algo diferente, maior, melhor... A diferença é que os desejos são impetuosos, tomam conta do raciocínio da pessoa.  

      O que para mim caracterizo como mais importante é saber administrar todos estes conteúdos de uma forma saudável e com bom senso. Não dá para agir sem pensar, existem situações que interferem significativamente em nosso modo de ser, entender e determinar valores. Por isso acredito que “todos” temos o bom senso, podemos e devemos selecionar melhor nossos desejos, não podemos agir impulsivamente, é preciso medir as consequências porque temos a responsabilidade da atitude.

      A criança quando deseja alguma coisa, insiste, faz birras, quer porque quer..., quanto ao adulto também não fica diferente, corremos atrás do que queremos, damos um jeito de conquistar os nossos desejos, por vezes não medimos consequências... E aí o que acontece? O esperado, nos damos mal , temos pequenos momentos de prazer X conflitos interiores X sacrifícios indesejados.

     Na vida tudo tem uma razão de ser... Podemos decidir pelo que queremos e fazemos, mas antes é interessante entender porque alguma coisa é tão importante em determinados momentos, o que este desejo está querendo representar. Muitos podem achar que agir desta forma é muito chato, não tem graça, que é preciso investir, não ter medo, arriscar e assim por diante, viver coisas diferentes e boas.

    Eu entendo que, mas vale a vida bem vivida do que pequenos momentos de prazer e alegria, apesar de muitos comentarem que a vida é feita de pequenos momentos. Tudo é uma questão de escolha. Na vida precisamos saber selecionar o que queremos o que precisamos, para não nos arrependermos depois, depende muito do que aprendemos como certo/errado, dos nossos critérios e valores.

    Muitos entendem que viver assim não faz sentido, não tem graça, que precisamos agir renovar, investir, conquistar, ir a luta...

    Não está errado agir assim, desde que você tenha a capacidade de assumir suas responsabilidades tanto para o bem como para o mal, tudo é uma questão de escolhas e fazer escolhas é o que precisamos aprender durante o curso de nossa vida.

cmha/agosto 2012