Inclusão, é um tema muito polêmico. As pessoas querem que
aconteça, mas não estão preparadas para enfrentar. Tudo fica mais fácil de
falar e aceitar quando se apresenta como teoria, mas, na prática as coisas
ficam mais complicadas de ajustar.
Uma criança com Autismo, Paralisia Cerebral, ou qualquer
outra disfunção que dificulte a forma de aprender e apreender, assusta, mesmo
porque não existe programa específico para este tipo aprendizagem, de atitude,
comportamento, relacionamento social. Cada criança é única, com lesões
específicas. Essas crianças possuem
muita dificuldade de comunicação, por mais que sejam inteligentes, tenham
capacidade para aprender, apresentam disfunção na área bio-psico-social.
As escolas precisam de pessoas especializadas e treinadas
para este tipo de ensino, mesmo assim ainda é complicado, porque cada criança
tem um distúrbio específico, que não permite que seja tratada de forma grupal.
Sua forma de aprender é única, por mais que se estude as diferenças, não existe
uma forma de unificá-las.
As expectativas da família é uma, as expectativas da escola
é outra. A família espera que o os seus sejam acolhidos dentro das suas
necessidades. A escola espera que estes consigam acompanhar o programa que foi
desenvolvido para eles. Mas, nem sempre o programa atinge as diferenças, mesmo
porque cada criança é única.
Mesmo assim, acredito que trabalhando as expectativas
podemos chegar a um consenso, se estivermos propensos a investir no
conhecimento, no amor, no relacionamento com estas crianças. A afetividade
proporciona um melhor entendimento entre eles ( professor e aluno /família ) A
colaboração entre as partes, melhora o
investimento, que melhora o resultado.
Clélia Marília Heusser Azeredo
Psicóloga Junguiana & Psicopedagoga
Junho de 2020