A vida retribui e transfere...
texto de " Roberto Crema" um estudioso da espiritualidade.
A vida é como...
Jogar uma bola na parede.
Se jogar uma bola verde, ela voltará verde;
se for jogada uma bola azul ela voltará azul;
se for jogada uma bola fraca ela voltará fraca.
Por isso nunca "jogue uma bola na vida", de forma que não esteja pronto para recebê-la.
A vida não dá nem empresta;
Não se comove, nem se apieda.
Tudo que ela faz é:
Retribuir e transferir...
... aquilo que nós lhe oferecemos
Autor Albert Einstein
Se há muitos anos atrás Einstein já fazia este tipo de reflexão e associação, que diria ele hoje da nossa história atual?
As pessoas estão muito soltas, falam e não refletem sobre o que estão falando, não estão preocupadas se ofendem ou se machucam, apenas querem falar, agredir e se defender.
Os valores estão distorcidos, os conceitos mal elaborados, e as pessoas muito egoístas. Todo mundo sabe tudo, não pensam, apenas agem do jeito que acreditam estar certo. As atitudes são incoerentes e inconseqüentes.
"Bulling" é um tema atual e muito explorado, significa "intimidar", isso mesmo, é assim que a sociedade está, as crianças são a representação e o espelho da família, daquilo que aprendem em casa, na escola, na rua, com os amigos, principalmente na mídia ... Estão vendo, escutando e assistindo na TV as reportagens do que acontece nas escolas, nas ruas e nas famílias.
(a bola atual está sendo jogada com muita, mas com muita, muita força e volta cada vez mais forte, ação e reação, derrubando e destruindo).
As pessoas estão perdidas em suas atitudes, as escolas perderam o poder de educar (cultivar o espírito - ato de educar, cortesia, polidez e instrução) estão apenas ensinando no sentido real da palavra- instruir- fazer conhecer - demonstrar. O que voga no momento são os interesses pessoais.
Perderam o referencial da educação quando os pais exigiram dos professores que não castigassem ou brigassem com seus filhos, sob ameaça de denunciarem a escola, pelo o que eu entendi, isso hoje em dia é só obrigação dos pais que nem sempre fazem o seu papel.
"Bulling" não é coisa nova, já existe faz muitos anos, apenas recriaram um novo nome para atitudes que já faziam parte do nosso cotidiano. As crianças são maldosas no bom sentido, para se defenderem, humilham os amigos, debocham, só para sentirem-se por cima e se acharem o tal. Na minha "época" que já faz um par de anos, as professoras tinham o poder de corrigir o que estava errado, elas conversavam com as crianças em sala de aula e mostravam o que eles estavam fazendo, dando nome aos bois, e as crianças aprendiam a respeitar mais os amiguinhos e os professores. Hoje em dia se assim fizerem estão colocando as crianças em situações constrangedoras, os pais se revoltam, brigam na escola e se puderem tiram seus filhos da escola.
Este tipo de atitude está errada, é briga de poder, quem pode mais, enquanto os pais brigam os filhos sofrem, porque aquilo que era só deles passou a ser público.
Um exemplo pessoal: Quando EU era criança também passei por várias sitações de intimidação, só porque eu misturava portugues com alemão, me chamavam de alemã batata come queijo com barata, me sentia muito ruim, ficava muito triste, achava que era burra e me negava conversar em alemão porque estava numa escola americana. Eu me lembro que tudo foi resolvido em sala de aula e as crianças pararam de criticar, entenderam a situação e tudo ficou numa boa, voltamos a brincar novamente. Ficou marcado a situação como um caso lúdico, mas não traumatizado.
Este é apenas um dos exemplos das cores das bolas, que estão cada vez mais negras e jogadas de qualquer jeito.
Criticar é fácil, mas o mais difícil e achar uma solução, "que vem lá dos antigamente", "Por isso nunca "jogue uma bola na vida" que não esteja pronto para recebê-la" Seja mais carinhoso, mais tolerante, aprenda a cuidar do que é seu, tenha amor no que faz, no que diz, se "ame" mais. Todo cuidado é pouco, precisamos pensar antes de agir, agir com carinho, amabilidade, preocupação, dedicação e "respeito", não existe uma fórmula mágica, tudo a seu tempo e no seu tempo.
"Amo vocês"
Cmha/abril 2011
