REGRAS E LIMITES, hoje em
dia, estão cada vez mais difíceis de serem definidas. Isso porque na atual sociedade,
os pais e educadores, não têm bem internalizado o que pode e o que não pode ser
praticado. Existe muita flexibilidade de conceitos e valores que desestrutura
qualquer tipo de atitude. Por isso é que chegamos a onde estamos.
Os pais e educadores que têm
estes conceitos bem estabelecidos, não conseguem impor, determinar as atitudes
que seus filhos e alunos precisam ter. Existe muita interferência social do que
é certo ou errado. Eles sentem dificuldade de definir, impor e exigir devido a
coação social.
As famílias estão mais
egocêntricas, não permitem que seus filhos recebam advertências, correções, ou
qualquer tipo de repreensão. Estamos mais unilaterais, quem manda somos nós,
não admitimos que o outro repreenda nossos filhos. Essa é a fala de pais e
educadores hoje em dia.
A flexibilidade tomou conta
da educação. Tudo atualmente é discutido, muitas opiniões, muitas reflexões e
poucas atitudes. O que noto e percebo, é que estamos vivendo muito o
egocentrismo, onde o outro, não pode
exigir dos filhos o que os pais não o fazem. Tudo nesta sociedade atual é contestado, as
pessoas passam a não ter mais razão naquilo que acredita, naquilo que acha
certo praticar, existe muita cobrança de
uma maneira geral.
Eu vejo a educação com algo
que precisa ser praticada independente de quem o faça, é necessário corrigir,
ensinar e exigir comportamento. Não dá para ficar desta forma, porque ao invés
de formar seres humanos mais ajustados, criamos uma sociedade cheia de
conflitos e desajustes.
As regras e os limites foram
estabelecidos para que possamos aprender conviver melhor em sociedade e nos
relacionarmos.
Os limites também precisam
estar claros, tanto para quem aplica como para quem recebe. Isso cabe ao
educador explicar a diferença entre os limites que servem para protegê-los e os
limites que estão a favor das restrições que vão tolher sua liberdade e
desenvolvimento.
(como por exemplo: isso não pode porque não quero).
Respeitar o outro na sua integridade é o
princípio básico do bom relacionamento, do discernimento social. A partir do
momento em que as pessoas não aceitam, discutem educação, fica difícil
desenvolver jovens mais coerentes convivendo dentro dos padrões da boa
educação. Mesmo porque a boa educação atualmente está mais flexível, mais
confusa, sem padrões e critérios
coerentes.
Podem achar que estou
fazendo apologia a Educação Antiga, verdade, eu tenho para mim, que os nossos
antepassados tinham bem mais definido o que era certo e o errado, isso não significa que sabia aplicar, podia não saber aplicar
as regras e limites de uma forma humana e coerente, mas, exigiam, cobravam,
corrigiam o que acreditavam estar errado sem se preocupar com o que o outro
pensava ou achava. Corrigia-se em cima dos seus valores, do que tinham aprendido
e vivido.
Nossos antepassados eram mais presentes na educação dos filhos. Não que hoje não o seja, mas existe muitos valores distorcidos e discutidos socialmente. (tudo pode e não pode ao mesmo tempo- fica confuso).
Está mais do que na hora de agirmos
conforme as leis do bom senso, entender que podemos errar e corrigir, que os nossos filhos não os mais perfeitos que os outros,
que todos nós aprendemos a partir dos erros.
A nossa criança interior, agradece a oportunidade de aprender corrigir e refazer aquilo que não está bom...
Clélia
Marilia Heusser Azeredo
Psicóloga &
Psicopedagoga
CRP
11.474 - ABPp 13.503
Contato: cleliamariliaha@hotmail.com
Whatsapp - (11) 99559.9266